sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Lygia Clark: o abandono da arte.

Por Ferreira Gullar.* Mediação: Luiz Camillo Osorio.** Na tênue fronteira entre a arte e a não arte, entre a estética e a imersão analítica, encontra-se Lygia Clark, uma artista cuja obra não está delimitada por molduras nem redomas. Lygia rompeu com a equação composta por autor e espectador, provocando novas sensações psíquicas e sensoriais a cada experiência estética com a participação do outro, seja em Caminhando ou em A casa é o corpo. Sua relevância internacional ficou mais uma vez evidente com a reunião de 300 obras suas em uma grande retrospectiva que se encerra no final de agosto no MoMA, em Nova York:Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948-1988 (Lygia Clark: O abandono da arte, 1948-1988). Para discutir o trabalho dessa criadora fundamental na história da arte brasileira, a CASA DO SABER RIO O GLOBO convida o poeta e crítico de arte Ferreira Gullar para um bate-papo com o também crítico de arte Luiz Camillo Osorio. Ao lado de Lygia Clark, Ferreira Gullar assinou, em 1959, o Manifesto Neoconcreto, que deu início a um movimento de reencontro artístico com a subjetividade. Luiz Camillo Osorio é o atual curador do MAM-RJ, museu que abrigou a 1ª Exposição de Arte Neoconcreta do país. 29 de agosto • Sexta-feira, às 19h30. Ferreira Gullar.* Poeta, ensaísta e crítico de arte. Recebeu em 2005 o Prêmio Machado de Assis da ABL pelo conjunto da obra. É autor de diversos livros de poesia, como A luta corporal, e de crítica de arte, com destaque para Argumentação contra a morte da arte e Relâmpagos, que reúne textos sobre artistas como Michelangelo, Picasso, Calder e Iberê Camargo. Escreveu o Manifesto Neoconcreto, em 1959, e presidiu a Fundação Nacional de Arte (Funarte). É colunista regular da Folha de S.Paulo. Professor e parceiro da CASA DO SABER RIO desde a sua inauguração. Luiz Camillo Osorio.** Doutor em Filosofia, professor do Departamento de Filosofia da PUC-Rio e curador do MAM-RJ.

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