segunda-feira, 13 de abril de 2015

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ELEIÇÕES Em Xerém, candidatos debatem papel do reitor e autonomia universitária . Por JEAN SOUZA - ASSESSOR DE IMPRENSA DO GABINETE DO REITOR(assessoria@reitoria.ufrj.br). O último debate oficial entre os candidatos à Reitoria discutiu, no Polo Xerém, questões relacionadas diretamente à presença da universidade em Duque de Caxias e assuntos que afetam todo o corpo social da UFRJ. O encontro foi realizado no dia 9 de abril. As três chapas comentaram o papel que deve ser esperado do cargo de reitor, durante o debate. Para Roberto Leher, “o papel do reitor não é de fazer promessas”. Segundo ele, os reitores são executores de “uma vontade política acadêmica, de sua comunidade, expressa no Conselho Universitário”. Com visão parecida, Angela Rocha afirmou que cabe ao reitor “incentivar, apontar possibilidades”. “Deve estimular a capacidade propositiva da nossa universidade”, defendeu a professora. Da mesma forma, Denise Pires afirmou que o reitor tem “atribuição executiva”. Sobre participação no Conselho Universitário, ela afirmou que ainda falta diversidade de ideias naquele espaço, e que é necessário atentar aos alunos para que possam participar de forma mais diversa de suas decisões. “Capital intelectual”: Questionada por Roberto Leher sobre o conceito de capital intelectual, presente em seu programa de gestão, Angela Rocha afirmou que se referia à “geração de conhecimento”. Segundo ela, a universidade está fazendo pouco para formar cidadãos críticos, que sabem debater, pensar e propor soluções. “As universidades devem se insurgir contra a conversão do conhecimento em commodity”, defendeu Leher. Assim, Angela aproveitou para opinar sobre o uso de patentes, defendendo que elas devem ser entendidas como um “instrumento social”, e que patentear possibilita que o conhecimento chegue à sociedade. “Não é a universidade que vai produzir o fármaco [patenteado]”, defendeu. Denise defendeu, logo no início do debate, que é necessário um "padrão de qualidade mínimo" na graduação e na pós da UFRJ. Ela afirmou que a universidade não é mais considerada a melhor do país e esse posicionamento deve ser resgatado. Questionados pelo servidor Marcos Porto, chefe de atividades gerenciais em Xerém, os candidatos falaram sobre a presença de empresas privadas na UFRJ. Leher afirmou que a contrapartida de R$4 milhões da Petrobras por uso de terreno na Cidade Universitária é “desconcertante” e disse que o valor mínimo deveria ser de R$90 milhões. Ele citou o Parque Tecnológico e afirmou que empresas utilizam o território da UFRJ apenas para instalar escritórios administrativos. Denise afirmou que falta transparência na relação com empresas. “O que será feito com o prédio do Cenpes 1?”, questionou. Como reitora, ela afirma que assumiria o compromisso de “rever e repensar” a relação entre empresas e a UFRJ. “A universidade nem sabe que o Cenpes 1 já pode ser utilizado pela UFRJ”, criticou. “A interação com empresas existe no mundo, mas não deve ser feita de olhos fechados”. Angela afirmou que é um preceito constitucional que universidades tenham parque tecnológico e concordou que há pouca transparência. Contudo, disse que há muitas bolsas oferecidas no âmbito do Parque Tecnológico e propôs que parte delas seja revertida para assistência estudantil na graduação e na pós-graduação. Autonomia: Sobre autonomia, Leher afirmou que é “inadmissível que a CGU interfira em assuntos acadêmicos”. Angela concordou, afirmando que tramita no Congresso a aprovação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes) que, se aprovado, teria poder de polícia nas universidades. Denise criticou a proposta de criação dos cursos de Engenharia Física e Biofármacos no Polo Xerém, que seria uma demanda do MEC e não da UFRJ. Ela questionou Angela Rocha sobre a autorização para criação das novas graduações. Angela rebateu, dizendo que, na condição de pró-reitora de Graduação, não participou da reunião sobre criação dos cursos em Brasília e que a questão não foi discutida no Conselho de Ensino de Graduação (CEG). Futuro do Polo: Os candidatos assinaram um documento encaminhado por estudantes do polo, para melhorias nas condições de transporte e outras demandas, intensificadas com a mudança da unidade para Santa Cruz da Serra, em novas instalações. Denise defendeu que o polo deve ter uma subprefeitura própria. Ela se comprometeu a viabilizar a instalação de rede de fibra ótica e internet sem fio no terreno cedido pela Prefeitura de Duque de Caxias, iniciar as atividades no local no primeiro semestre de 2016 de forma sustentável e com planejamento energético. Posteriormente, providenciaria moradia estudantil. Angela também se comprometeu a fazer a migração para Santa Cruz e afirmou que se houve demanda do MEC para priorizar a interiorização, que a universidade deve cobrar recursos do ministério. Segundo ela, Xerém deve ter espaços para o Escritório Técnico da Universidade e Prefeitura Universitária. Roberto Leher defendeu a presença de representantes do município no Conselho Universitário e disse que o Plano Diretor da universidade deve ser revisto, para incluir o polo. Disse ainda que é necessário delimitar quais responsabilidades são da UFRJ, do Inmetro e da prefeitura local, e defendeu que é necessário definir de forma clara o orçamento para Xerém. Acesso em http://www.ufrj.br/mostraNoticia.php?noticia=15409_Em-Xerem-candidatos-debatem-papel-do-reitor-e-autonomia-universitaria.html

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