Os profissionais de educação conseguiram um bom assunto para debaterem pelos próximos meses e quem sabe, pelos próximos anos. O tema em questão, são as diretrizes para o atendimento a alunos com deficiências nas redes públicas de ensino, previstas para 2010. Neste sentido, colaborando com as discussões que surgem, no marasmo político e social da inclusão neste país,vamos aplaudir ou vaiar, mais um decreto com finalidades de promover ajustes a questão da qualidade do ensino destinados a alunos portadores de necessidades especiais.
Através do Decreto no.6571/2008, o Ministério da Educação mexeu no vespeiro para alguns, e de oportunidades para outros, criando uma espécie de bolsa inclusão, onde o gestor educacional terá mais verbas para investir no aluno PNE, pois cada aluno matriculado neste modelo ,será contado em dobro. Ou seja, um aluno será fonte de recursos finaceiros duas vezes maior para a instituição de ensino promover melhorias destinadas a capacitação de professores, e no atendimento a essa clientela de alunos maravilhosos, que estão esperando a muito tempo por uma ação mais eficaz.
O ponto polêmico deste parecer que regulamenta o Decreto 6571/2008, é o número total de alunos que seriam matriculados imediatamente na rede, cerca de 350.000. O Ministro achou melhor ouvir professores, responsaveis e Técnicos Educacionais afim de promover a paz entre os revoltados. Notem que a falação geral está fincada sobre um tema bastante conhecido, que é o fato de não existir neste contexto, profissionais suficientes para atender os alunos que serão integrados. Em alguns casos já estão ocorrendo mudanças de planos e professores estão saindo das escolas ou classes especiais, por não concordarem com este processo.
Gritarias a parte, há de se compreender que os professores são os últimos convocados para um debate nacional sobre esse assunto, ou simplesmente são descartados. Depois querem eles os "especialistas do governo", enfiar suas idéias de guela abaixo em toda comunidade educacional.Esperemos para ver o resultado disso, pois estamos entrando no período eleitoral e normalmente as coisas esfriam, retornando mais tarde com novo nome, um pai ou nova mãe. Enquanto professor observo que o debate continua pleno, aguardando novas considerações de quem realmente importam, que são os professores e alunos.
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