quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Os dois lados do cérebro.

Por Rosa Santos. Acostumada a exercitar o lado direito do cérebro, necessitava exercitar o lado esquerdo e suas possibilidades. Iniciei o aprendizado de duas línguas, descobri que posso “brincar” com palavras sem danos a minha comunicação, até criar verbetes (em português, por enquanto) na via da liberdade literária, criando e escrevendo poemas. Novas leituras de áreas ignoradas e desconhecidas foram incorporadas ao meu dia-a-dia e nesse caminho, conheci a audiodescrição durante o entendimento da relação existente entre imagens em duas e três dimensões (estáticas ou movimentadas) com a língua escrita, falada e/ou sinalizada (gesticulada), cujo acesso precisa ser provocado, e/ou obrigado por força de lei. A Audiodescrição como expressão artística, escrita ou falada da imagem estática ou movimentada (meu entendimento atual), era um dos “elos” que ligaria os dois lados do meu cérebro e na consequência de sua prática, a descoberta sobre pessoas, seus afetos, desejos, necessidades, direitos, deveres, e outros entendimentos sobre o poder transformador dos movimentos sociais e políticos, como o das pessoas com deficiência. Audiodescrição requer um ato anterior à sua comunicação, como um projeto de design que parte de uma necessidade (não criada), possui requisitos e parâmetros que devem ser seguidos e recriados, até a finalização do produto final, o tempo da apresentação da imagem (estática ou movimentada) determina o tempo da execução da audiodescrição. A execução requer técnicas, tecnologia, criatividade e liberdade encontradas também em projeto de arte. Há intuição, há "insit", o projeto requer o conhecimento prévio sobre o consumidor/usuário, e quem sabe no futuro próximo se encontre uma linguagem universal que atinja a todos eles, ou não, que a audiodescrição percorra o campo da diversidade da comunicação, com suas variações linguísticas, por que não? Indagações surgem assim como respostas e digo que Audiodescrição deve atingir a todos, para que o acesso, entendimento e conhecimento sobre a imagem não sejam comprometidos. O sinal deverá ser incluído no projeto de audiodescrição, pois as pessoas com múltipla deficiência sensorial são usuárias da comunicação tátil. Seja pela arte e ou pelo design e todas as outras questões que envolvem acessibilidade, formava-se diante dos meus olhos uma grande teia a ser percorrida e compreendida em suas conexões, que eu formei e continuo formando mais conexões. Sinapses podem estabelecer outras sinapses, só dependem da existência de um cérebro vivo conectado a um coração que pulsa. Origem: Página no Facebook de As artes da rosa. Fonte: Blog da Audiodescrição. Acesso em http://www.blogdaaudiodescricao.com.br/2015/01/os-dois-lados-do-cerebro.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+BlogDaAudiodescricao+%28Blog+da+Audiodescri%C3%A7%C3%A3o%29

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