quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

UFR Notícias: Pró-reitora de graduação analisa dados sobre o ensino brasileiro.

Por Paulo Calmon. Durante reunião da Plenária de Decanos e Diretores, no dia 24 de novembro, a pró-reitora de graduação, Ângela Rocha, apresentou dados sobre a educação superior no Brasil. A professora mostrou informações e desafios a serem superados pelas instituições de Ensino Superior aos dirigentes da UFRJ, que se reuniram no auditório do Bloco N do Centro de Ciências da Saúde (CCS), sendo recepcionados pelo Instituto de Microbiologia.
Com as mudanças no acesso à graduação, a educação superior deixou de ser privilégio de alguns para ser direito legítimo de todos. Com essa constatação, Ângela Rocha começou a apresentar dados sobre o Ensino Superior no país e a mudança de perfil dos ingressantes. No Brasil, 16% dos jovens entre 18 e 24 anos cursam o Ensino Superior. No entanto, a participação do ensino público nessa porcentagem é pequena, o que seria prejudicial à formação intelectual do país devido ao ensino deficiente e às distorções na distribuição de matrículas por áreas de conhecimento presentes no ensino privado. Seleção unificada e Lei de Cotas mudaram perfil da graduação na UFRJ A partir da Lei 12.711, de 29 de agosto de 2012, e da adoção do sistema de seleção unificada como concurso de acesso, as universidades passaram por mudanças no perfil dos alunos a quem elas atendem. Na UFRJ, apenas 2% dos deles eram de fora do estado do Rio de Janeiro em 2010. Dos 98% restantes, 85% eram da capital ou da região metropolitana. Em 2014, 23% de seus alunos são de fora do estado, sendo que 18% são cotistas por renda. A média de idade também mudou. Hoje, 17% dos estudantes têm mais de 24 anos e 14% estão na faixa entre 30 e 40 anos. Cursos de licenciatura devem ser valorizados, segundo professores De acordo com a pró-reitora, os desafios do Ensino Superior começam ainda na educação básica. Atualmente, 50% dos jovens entre 15 e 17 anos estão no Ensino Médio. Desses, apenas um em cada três se forma. Dos alunos que estão no terceiro ano do Ensino Médio, apenas 6% apresentam nível adequado em português. A pró-reitora apontou a falta de incentivo aos profissionais da educação e de recursos estruturais e tecnológicos como a principal causa desse problema educacional. O salário médio de um professor de ensino básico no Brasil é de U$ 10 mil ao ano, superando apenas a Indonésia. “Que formação devemos oferecer”? Dadas as condições do sistema de educação, Ângela defende uma formação sólida e interdisciplinar, com currículos flexíveis que possibilitem a liberdade de escolha. “Nosso cursos de licenciatura devem ser tratados com o maior carinho. Eles que são os retroalimentadores desse sistema”, afirmou Ângela Rocha. Carlos Levi, reitor da UFRJ, comentou sobre a importância da inovação tecnológica no ambiente acadêmico. “É importante incorporarmos o mais rápido possível a questão das tecnologias de informação. A necessidade e a urgência do uso dessas tecnologias se fazem cada vez mais presentes”, disse. Em 2008, com a assinatura do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), as vagas oferecidas pela UFRJ aumentaram vertiginosamente. Hoje, a universidade possui cerca de 49 mil alunos presenciais e 7.300 no Ensino à Distância. Durante os comentários no final da apresentação da pró-reitora, a diretora da Faculdade de Educação, Ana Maria Monteiro, opinou que os cursos de licenciatura não têm sua importância devidamente reconhecida. A diretora defende uma mudança cultural na universidade, onde a graduação já sofreria desprestígio:. “Eu ainda ouço relato de aluno dizendo que ouve que só medíocre quer ser professor”, contou. O vice-reitor da UFRJ, Antônio Ledo, defendeu que a instituição não deve perpetuar desigualdades. Apontando a mudança do perfil dos estudantes que estão na universidade atualmente, questionou: “Como vamos formar um aluno que é diferente hoje se estivermos presos aos nossos antigos modelos?”. Nelson Souza e Silva, professor emérito da Faculdade de Medicina, afirmou que não há incentivo para ser professor, sobretudo de graduação. “Cabe à universidade trabalhar junto ao MEC”, reforçou. A próxima plenária será na Escola de Música, na Lapa. Fonte: UFRJ Notícias - ASSESSORIA DE IMPRENSA - GABINETE DO REITOR. Acesso em http://www.ufrj.br/mostraNoticia.php?noticia=15318_Pro-reitora-de-graduacao-analisa-dados-sobre-o-ensino-brasileiro-.html
Assistência Estudantil é prioridade. Por Jean Souza e Fernanda Freitas. A Reitoria da UFRJ chega ao fim do ano com uma pauta prioritária na agenda: políticas de assistência estudantil. As discussões e ações para a área foram diversas ao longo do ano, com destaque para as melhorias promovidas na Residência Estudantil, que passa por sua primeira reforma geral. De acordo com o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da universidade, Carlos Rangel, as verbas para alimentação na UFRJ terão aumento de 30% em 2015, e a proposta orçamentária do próximo ano contempla recursos para implantação dos restaurantes da Praia Vermelha e Macaé. Alunos que responderem à pesquisa online concorrem a tablets. A Superintendência Geral de Políticas Estudantis (SuperEst) promove, desde novembro, uma pesquisa sobre o perfil do graduando, cujo objetivo é conhecer as demandas e características do alunado, medida essencial para a elaboração de políticas de assistência estudantil na UFRJ. Em comunicado enviado aos alunos através do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga), o superintende da área, Ericksson Almendra, anunciou que os alunos que responderem ao questionário irão concorrer a cinco tablets. No questionário disponível no site www.perfil.ufu.br, os alunos podem informar à UFRJ as dificuldades que enfrentam na rotina acadêmica e dados sobre acesso à saúde, transporte, entre outros. O prazo para responder à pesquisa é 18 de dezembro. Os aparelhos, da marca Samsung, possuem sistema Android, tela de dez polegadas, Wifi e memória de 16 Gb. “Essa pesquisa visa a levantar o perfil socioeconômico-demográfico de nosso alunado, que tem se alterado drasticamente a partir da adoção do sistema Enem/Sisu como método de ingresso e das políticas de cotas”, informou Ericksson. “É importante termos dados precisos para planejamento de nossas ações, para a obtenção de mais verbas. Por isso, está sendo feita em todo o Brasil, em todas as instituições federais de ensino superior. Neste momento, a UFRJ está em segundo lugar no número de respostas, mas apenas em 23º lugar no percentual de participantes. Vamos virar isso?”, provocou. Conselheiros do CEG visitam Residência Estudantil. No dia 25 de novembro, o Conselho de Ensino de Graduação (CEG) deslocou-se da Reitoria para a Residência Estudantil, a fim de discutir especialmente as questões ligadas a políticas de assistência aos alunos da UFRJ.
De acordo com a pró-reitora de Graduação, Angela Rocha, nos últimos anos houve um salto de 2% para 23% no número de alunos provenientes de outros estados na UFRJ. Além disso, com 50% do número de vagas reservados à ação afirmativa, a demanda pela assistência cresceu muito, enquanto que, do outro lado, a universidade possui um déficit orçamentário que não dá conta de todas as suas demandas. Após a reunião, os integrantes do CEG visitaram apartamentos, para levantar demandas por melhorias e acompanhar as obras.
Algumas propostas foram encaminhadas à professora Ângela Rocha, presidente do CEG, ao final da sessão. Claudio Ribeiro, da Adufrj, associação de docentes da UFRJ, sugeriu que fosse encaminhada uma recomendação ao Escritório Técnico da Universidade, para que as obras do local fossem tidas como prioritárias. A professora Claudia Lino Piccinini cobrou da Reitoria a contratação imediata de orçamentistas e projetistas para obras na universidade, mas foi contestada pela pró-reitora, que afirmou depender da liberação das vagas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Ângela Rocha defendeu que os estudantes que estão na fila aguardando vagas na Residência Estudantil devem ser convidados a participarem das próximas reuniões, para que fiquem informados das discussões sobre moradia. Os conselheiros do CEG defenderam também que estudantes da UFRJ deveriam ser convidados a acompanhar o reitor nas próximas visitas a Brasília, em reuniões com o Governo Federal, para exporem suas realidades na universidade. Fonte: UFRJ Notícias - ASSESSORIA DE IMPRENSA - GABINETE DO REITOR. Acesso em http://www.ufrj.br/mostraNoticia.php?noticia=15320_Assistencia-Estudantil-e-prioridade.html

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